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quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Ele estava te encarando, do mesmo jeito que aquele outro garoto costumava te encarar 2 anos atrás.
Quando você percebeu, seu coração batia mais rápido e você se percebia falando sozinha 'Para com isso. Está parecendo uma adolescente'. Logo depois começava de novo 'Você é uma adolescente.'
Os olhos dele lembravam olhos de 2 anos atrás, e por mais que você não quisesse se lembrar daquilo, naquele momento, se tornou, de alguma forma inevitável.
Ele lhe jogou um sorriso e você sentiu suas mãos começarem a suar. Como 2 anos atrás.
Era como assistir a história começar de novo. E passar repetitivamente diante de seus olhos. De novo, e de novo.
Quando ele disse 'Oi', você se lembrou da ultima coisa que aquele garoto de 2 anos atrás havia lhe feito, e que havia doído. Em você, e mais ninguém. Talvez se houvesse ignorado o Oi dele, e ido com as crianças para a roda, o que aconteceu não teria acontecido. E não haveria mágoa para passar. Não haveria controle para perder.
Aquele começo podia ter terminado ali mesmo. Então, esse também poderia.
'Oi' respondeu, mas enquanto a palavra saia de sua boca, o que realmente pensava era 'Não se apaixone, não se apaixone.'

terça-feira, 31 de março de 2009

Some kind of Hero

Eu não faço idéia, de muitas coisas.Nada importante em particular,e ao mesmo tempo, tudo.Eu não sei definir quem eu sou.
Eu sei que cresci entre duas cidades,e com isso,entre duas realidades.Eu sei das dificuldades que passei e dos segredos que guardo somente para mim.Eu sei das histórias que vivi,e das decepções que descobri serem incapazes de não existirem.
A definição que fazemos de nós mesmos,não são as mesmas vistas por quem esta a nossa volta.
Eu não sei definir quem sou como amiga,como garota,como filha.Nem se as coisas que faço são suficientes.Pretendo passar a vida tentando descobrir.
Eu sei dos sonhos que carrego.Das expectativas,e das desilusões.
Eu sei de onde vim,e disso me orgulho todos os dias.
Eu sei da luta de meus pais,e como minha história fez hoje,a pessoa que sou,seja boa ou ruim.
Sendo bolsista de uma escola,em que,grande parte das pessoas sempre tiveram do bom e do melhor sem se preocupar como seria o dia seguinte,foi como assisti o que era ter dinheiro.Vendo minha família labutar pelo mínimo, foi como vivi, o que era não ter.
Uma das razões pela qual não reclamo do que nunca tive ou pude ter.Por mais difíceis que as coisas estivessem,eu sempre tive uma família.Completa.Com direito a tio vestido de papai-noel,e aniversário comemorado só com um bolo de fubá feito por minha mãe,e somente com meus tios e meus dois primos presentes.Sempre bastou para mim.Muito mais do que isso,eu sempre adorei cada um desses momentos.
Quando se cresce com esses valores,aprendemos a ver a sorte que demos na vida.Não importa se nunca tive uma lancheira.Nem se nunca pude ter um daqueles balões que flutuam.
Eu ainda tive um pai,que por mais tarde que chegasse,sempre contava uma histórinha,inventada,com duas personagens feitas para mim e minha irmã.Carobitina e Gioconda.
Eu ainda tive um tio que me levava para passear e me ensinava coisas erradas.
Eu ainda tive um primo,uma prima e uma irmã,em que juntos,eramos vistos como 'o quarteto'.Sempre juntos,nunca separados.
Eu ainda tive uma mãe que sentava de noite,para me ensinar matemática e até para falar sobre garotos.
Eu sempre tive uma família.
Então,não me importa se meu pai não fez faculdade,ou se ele é filho de um pintor.
Nem me importa se meu avô não fez sempre as melhores escolhas.Ele ainda foi um homem incrível.
Não me importa se sou filha de um faxineiro ou de um empresário.
Não me importa como minha família é vista aos olhos de outros.Nem se nossa história se diferencia da maioria.
O que eu sei,é que espero me tornar,como a pessoa que ainda não sei definir,pelo menos um pouco do que eles são.Ter a garra e a força de vontade,que eles sempre tiveram.
Eu sei que tudo isso pode ser confuso.Ou não fazer o menor sentido.
É que,se hoje, for para agradecer alguém por qualquer coisa,são a eles a quem agradeço.
Pelas histórias contadas,pelos churrascos inesquecíveis,pela constante lição de vida que me dão todo dia,sem nem mesmo perceberem.Pela forma como encontraram nas dificuldades,um jeito de se tornarem mais unidos e poderem dar forma ao conceito de família.Pelo menos a que eu tenho.Por quem são,e quem me fizeram ser.
Só isso...obrigado.Quem quer que eu me torne,eu sei que agora,eu sou uma garota de sorte.
Então obrigado.

domingo, 15 de março de 2009

Quando eu tinha 3 ou 4 anos,houve um acidente.Um do qual,não me lembro de praticamente nada.Entretanto,os minutos em que esperei minha mãe voltar com minha irmã,de na época 1 ano,são uma das lembranças mais vivas que tenho comigo.Quando tinha 5 anos,faltei uma semana inteira na escola,após ir as pressas a cidade natal de meus pais,porque meu avô não estava bem.Dos flashbacks que tenho,ele na cadeira de rodas ao lado de meu pai,sorrindo e dizendo tchau,é uma imagem que nunca esqueci.Com meus 8 anos, vi meu pai tendo que fazer uma cirurgia na perna por conta de ligamentos.As duas noites em que não esteve em casa,foram as em que mais senti saudades dele.O dia em que encontrei minha mãe chorando por conta de mais um problema que parecia não ter fim,e em que ela me abraçou apertado,por não saber mais o que fazer,foi um dos dias mais estranhos que vivi.Tinha 7 anos.Aos 12 anos,o que eu senti ao ouvir garotas que jurava serem minhas amigas,me chamarem de gorda e falarem coisas que nem merecem serem repetidas, sobre minha mãe,minha família,minha história,foi um dos dias mais decepcionantes que tive.Dentre todas as coisas que ja me aconteceram,os minutos que minha mãe passou, falando com minha tia,minha madrinha,minha segunda mãe,esta semana no telefone,foram os mais lentos de toda a minha vida.A dor de um amor perdido não passou nem perto do que senti no momento.
Eu não sei definir medo.Também não sei definir força.
Ler o significado de uma palavra em um dicionário não torna ninguém sábio.Você pode ler aquilo,milhares de vezes,e ter decorado.Não significa que você saiba o que é.As palavras não vão trazer a sensação até você.A vida vai.
E quando você menos espera, tudo começa a acontecer ao mesmo tempo.Dizem que a vida é cheia de surpresas.Você não acredita até conhece-las de perto.
Porque de repente, parece que sua cabeça esta girando.Com a pressão,com a possibilidade de nunca mais ver aquela prima,com o que a sua madrinha pode ter,com o que significa se ela realmente tiver,com o que você vai falar para o primo que você considera irmão a próxima vez que se encontrarem,com o que fazer com os gritos,com os choros,com as brigas,com tudo.
E então você começa a correr,tentando acompanhar aquele ritmo.O mais rapido que pode.Não importa mais se esta cansada.Nem se quer parar.Porque não é uma questão de querer.
É como se a vida estivesse dizendo:
- Começa aqui.Começa agora.E então,o que vai ser?
E fosse a sua hora,de entender,o que medo,e força,realmente significam.
Você segue em frente.
A partir daqui,a estrada é você.
"...I run after her,not really giving chase. I'm running because I can,because I must. Because I want to see how far I can go before I have to stop."

quarta-feira, 11 de março de 2009

O que poderia ter sido.

Falava frente a toda a classe,durante a apresentação de um trabalho qualquer.E enquanto eu assistia,sentada,um pensamento me passou na cabeça.Eu não fazia idéia de quem ela era.Quero dizer,sabia seu nome e o tempo que havia estudado naquela escola.Sabia que havia sido solitária,e que provavelmente ainda era.Sabia do esforço que ela tinha tido,para fazer amizades.Das decepções que provavelmente viveu por conta disso.Mais eu não fazia idéia da pessoa que ela era.Não sabia dos problemas que havia passado,ou das dores que havia sentido.E o pior,é que eu nunca fiz esforço algum para conhece-la.Eu nunca parei no meio do corredor para perguntar como havia sido seu fim de semana.Eu nunca lhe perguntei como estava,se precisava de algo.Se precisava de ajuda.E eu podia ter feito isso.Eu podia ter sido a amiga que ela precisava.Eu podia ter tornado aqueles anos algo menos horrivel.Uma memória menos triste.Mas não o fiz.E me sentia uma pessoa terrível por isso.
Não me custava nada.Não me custava nada te-la apresentado a outras pessoas.Não me custava nada ter mostrado estar ao seu lado,porque ela precisava.Ela necessitava.E eu não estive lá.Em momento algum.Eu podia ter sido aquela com quem fosse possível contar.Aquela a defende-la dos bullies que provavelmente sofreu.E eu não fui.
Ela só precisava de alguém,de uma chance.E eu podia ter dado.Mas não o fiz.E não sei se houve alguém que o fez,ou tentou fazer.Tudo o que eu sei,é o que eu poderia ter feito e não fiz.E o que poderia ter sido e não foi.
Porque eu fiz isso?Porque eu não fui aquela a acreditar no potencial de uma menina que só precisava de uma ajuda?E porque eu me sinto tão culpada em relação a isso?Porque?
Eu devia ter feito algo,qualquer coisa...e agora é tarde demais.

sábado, 3 de janeiro de 2009

The cold hard Truth

Das cartas que não te entreguei.Dos discurssos que só treinei.Das lágrimas que me frustraram quando se derramaram contra minha vontade.Da força que tentei encontrar quando tudo o que desejava era deixar o tempo tocar e consertar a ferida que não cicatrizava.Que não cicatriza.
Já não existe mais a certeza de que o acaso irá me proteger, enquanto eu andar distraida.Eu brinquei de ser gente grande no momento em que desejava colo de mãe.Acabei por crescer quando tudo o que mais queria era somente mais um conto de fadas.Eu criei uma história que hoje quem conta são meus olhos.Não consigo achar voz para dizer o que preciso gritar.E em meio ao meu caos secreto,encontrei na música,meu refúgio.
Me prendi nas verdades que devia esquecer.Menti a mim mesma diversas vezes.Só para no final relembrar que as ilusões machucam mais do que a realidade.Quis ser menina quando devia ser mulher.
Não sei mais como procurar nas palavras,resposta.Não sei fazer decisões sem pensar nos outros antes de mim mesma.Não sei separar os truques das armadilhas.Não sei deixar de perdoar.Não sei apagar uma mágoa antiga.Não sei ser garota,sem amar.E o problema é que queria.
Odeio ainda pensar tanto em você.Na volta de uma viagem,no tocar de um violão.Odeio sonhar com você,e nem em meus sonhos ser capaz de enfrenta-lo.Odeio a pessoa que se tornou.Sinto falta da que foi um dia.Odeio o modo como passou a tratar as pessoas.E como passou a me tratar.Odeio sentir saudades sua.
Nas tardes em que me permito pensar em você,me afundo em memórias.Deixo tocando a mesma música,hora após hora.É ela que deixa tudo mais difícil.E seu nome.A única coisa que continuou intacta da pessoa que você foi um dia.A única coisa que não mudou.Que você,não mudou.
Eu te amei.É a primeira vez que admito isso,até para mim mesma.Todos dizem como sou nova e não sei nada sobre isso,nada sobre a vida.E talvez eu realmente não saiba.Talvez isso seja só uma fase pela qual passei.Mas agora,no meu mundo,eu te amei.Desculpe nunca ter tido a coragem de lhe confessar.
Neste tempo em que nos tornamos estranhos encontrei, em mim,medos que nunca soube ter.Depois de você,descobri o medo de perder.E toda vez que alguém se distancia de mim,sinto medo de que ela suma da minha vida,do mesmo modo que você sumiu.Você me fez insegura.
Sei que parte de tudo isto é minha culpa.Desculpe ter ido embora sem antes lutar.
Chorei por você.Uma só vez.Mas isso nunca tinha me acontecido antes.E contar isso,parece ter me tirado um peso das costas.
Você esta desaparecendo.Não vejo mais aquele garoto que conheci na terceira série quando olho para você.O seu rosto está desaparecendo.Sua voz.Sua risada.Até seus olhos.E isso me assusta.
Agora,sigo em frente.Longe de você.Para Sempre.Desculpe se é disso que preciso para crescer.
Então,pronto.Esta dito.Registrado.Apesar de tudo,espero para você,o melhor.
Whatever will be,will be.
C.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Os dias tem passado.As horas tem sido contadas.As ondas ainda surgem naquele mar.As risadas ainda aparecem.Os suspiros ainda são apaixonados.Os passos ainda são reais,um pé de cada vez...As conversas desapareceram.A sua voz sumiu do que um dia me fez exasperada.Seu rosto virou um rascunho,borrado,irreconhecivel.Seus olhos são de um estranho.Sua risada de um desconhecido.Suas expressões de uma época perdida...Meus sentimentos ainda me confundem.O peso no peito ainda me pertence.Meu coração ainda esta jogando.Aquele medo antigo ainda não evaporou.A saudade ainda existe.Você ainda não me some de vista.As memórias ainda são meu passado,minha história.E toda vez que digo adeus,você volta de alguma forma.Sem pedir,sem avisar.E me encontro cercada,por entre momentos e sentimentos que andam em vai-e-vem.Eu fico confusa,eu fico assustada,eu grito em silêncio,choro em seco,eu brigo para manter o controle,eu luto comigo mesma,numa batalha ja perdida...O tempo passa tão rápido.Tem passado tão rapido.E pensar no que está por vir,me relembra aquela velha insegurança,escondida no escuro de um segredo.Meus olhos me distraem do que realmente deveria importar.Os sons tapam meus ouvidos ao que deveria entender.O murmurro constante cobre as palavras que minha boca deveria dizer.E não poder escolher o que sentir me frustra.Esqueço do que importa.Assisto aquele filme,onde o beijo me traz frio na barriga.E os contos de fadas se recriam.Contos que precisam ir embora,mas sempre de alguma forma,fazem o caminho de volta.Porque tudo, sempre,no final,por mais que me esforce,me faz voltar ao começo.Me faz voltar a você. E isso,só o tempo pode mudar.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Fogem de vista.Os planos,os projetos,as preocupações.Ter um tempo,para pensar.Ouvir aquela música,num momento onde mais nada importa.Deitava na cama,deixando as horas passarem como se fossem vento,frio,mas aconchegante.As dúvidas tortas se formam nos castanhos daqueles olhos,brilhando ao olhar para o nada,como se estivessem olhando para o mundo.Lá fora,os minutos correm em desespero tentando acompanhar os passos alheios de desconhecidos.Você não liga.Talvez depois disso,tenha mil coisas para fazer.Sabe que tem.Mas naquele momento o resto desaparece...Alguns chamariam isso de perda de vida,eu, chamo de tempo,para mim.O coração bate em ritmo com aquela melodia tão doce,que lhe sussurra calma.Sem mesmo perceber,sua boca acompanha aquele ritmo,nos murmurros que lhe deixam em sensação de paz.As letras formam as perguntas que tanto te questionam naquele momento...Até onde ir em nome do amor,de suas vontades?Até onde saberemos se o que fazemos é realmente o certo?Dúvidas que não precisam de respostas.Não naquele instante,pelo menos.As frases que fogem de você,te entregam a um mundo colorido,desenhado em lápis de cor,sublinhado pelos sonhos que você reserva somente para si...Seus pés,tocam o final da cama de modo constante,seguindo a linha que você vem traçando,sem elaborar,pela primeira vez,o significado daquilo.As fotos na parede trazem um sorriso de criança,que ainda a pouco,havia se perdido.Inocente,sem malícia.Seus ouvidos estão mudos ao que acontece por entre buzinas e fumaças.Aos barulhos que trariam de volta a sua rotina,sua realidade,permitindo escutar somente a brisa batendo nas árvores.As mãos brincam com os lençois,admirando sua testura,e sem mais nem menos,de repente,sente uma vontade louca de rir.Soltar gargalhadas.Quando seus pensamentos,trouxeram como memória,aquela história em especial.Tudo passa por você como se estivesse sendo rodado em filmes,e a lágrima tão desejada cai.Uma única gota,e nada mais.Não sabe se é de felicidade ou tristeza.Provavelmente ambas.E não se importa em tentar descobrir...Novamente,alguns chamariam isso de idiotice sem razão,eu,chamo de lembrança...Fogem de vista...em algumas situações,isso,é exatamente o que precisamos.Tempo,para pensar.