sexta-feira, 17 de abril de 2009

Ficou escuro. E frio. Muito, muito frio. Depois de tudo continuei sentada naquele mesmo lugar encarando a televisão. Provavelmente por umas duas horas ou até mais. Talvez se assistisse alguma coisa que me fizesse rir ficaria tudo bem de novo. Não ficou.
Dizer que as palavras, as insinuações ainda são tocadas repetidamente nos meus pensamentos é certamente um fato.
E você não pode fazer nada. Dessa vez nenhuma palavra que seja dita vai ajudar ou resolver. Vontade de desabar, de sumir. De esquecer aquela ultima hora. Aqueles últimos 10 minutos.
Vontade de apagar as lágrimas que ainda não são suas. De apagar o dia. A noite.
Vontade de não pensar tanto no que você deve fazer agora, ou no que deve dizer a sua irmã mais nova. De só deixar acontecer e o tempo ajustar.
Mas não funciona assim. Então você continua ali. Como quem não lembra de nada. Como quem não acha nada.
É que eu não sei o que fazer. Nem sei como agir. Eu não faço idéia do que sentir, nem de como me impor, ou mesmo se devo.
Pela primeira vez, tudo que eu sei é que não sei de nada.
Eu não sei o que vai ser daqui para frente, nem se vai ter daqui para frente.
Eu não sei o que essa suposição vai trazer como consequência para os dois lados.
Eu só quero que alguém me diga que vai ficar tudo bem. Nem que seja mentira.
Só dessa vez eu preciso que gostem de mim o suficiente para mentirem e dizerem que vai ficar tudo bem.
Porque eu não sei mais o que fazer. Isso não é um texto. É um pedido.

Um comentário:

M. disse...

vai ficar tudo bem.

e apesar de gostar de você o suficiente pra mentir, este é sincero.