segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Memories I don't want to Forget.

- Vem filha, vem dançar com o Papai. Sua música está tocando.
Foi aquele sorriso que te fez subir no sofá, abraçar seu pai, colocar seus pés em cima dos dele, segurar suas mãos nas dele, e rodar por toda a casa com ele, quando tinha 5 anos e depois 6, ano após ano.
De longe, você ouvia 'Carolina' de Chicho Buarque inundar a casa, num som responsável pelo seu nome, e pelos ideais que seus pais sempre carregaram.
Hoje, você assiste o vídeo de quando você só tinha alguns meses de vida, e seu pai ja te carregava por toda a casa, enquanto o vinil tocava aquela mesma música.
As danças ainda existem, mais dessa vez, é pé no chão, do jeito que deve ser. Talvez com alguns passos errados, mas ainda seguindo o mesmo ritmo de 16 anos atrás.
E quando a música começa a tocar, é silêncio com risada, sorriso com abraço. Talvez por isso essa tradição não aconteça o tempo todo. Para continuar sendo alguma coisa, e significando alguma coisa.
Para não se tornar comum como o resto.
Como Carobitina e Gioconda e o mundo mágico que seu pai inventou só para suas 2 filhas.
Quando me perguntarem quem é Carolina, eu não vou responder que Carol são os problemas pelos quais ela passou e que a fizeram entender coisas que não entenderia sem.
Eu vou dizer que Carolina são as memórias que ela viveu.

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