domingo, 17 de abril de 2011

One week only.

O que eu me lembro daquela noite é do sono que eu sentia. De como eu deveria ter prendido meu cabelo e de como, só de pensar nas cinco horas de viagem que me esperavam, eu já sentia minha mão começar a suar. De ouvir Taylor Swift com minha amiga enquanto esperava a hora de embarque e de pensar que era loucura fazer uma viagem de formatura com só uma amiga, sem conhecer mais ninguém.
E então nós conhecemos você. Você estava sentado do meu lado e riu quando eu pedi que minha amiga segurasse minha mão na hora da decolagem.
Eu não vou dizer que fico me lembrando de você, porque isso não seria verdade. Eu conheci outro cara depois de você, um cara que, na verdade, eu ja conhecia havia alguns anos, mas com quem nunca havia conversado e ele ocupou seu lugar na minha cabeça por um tempo. Mas, vez ou outra, eu sinto falta dos seus abraços. E da forma com que, ao chegar perto de mim, você colocava seus braços em minha volta e beijava minha testa. Da forma que você sorria para mim e de como, aqueles segundos em que você abraçou minha cintura e foi se inclinando até minha boca - antes dela nos interromper - eu senti como se, o que quer que estivesse para acontecer, não precisava necessariamente ter um significado, mas que seria um momento nosso.
Eu sabia que nós não nos veriamos mais depois daquela despedida no aeroporto. E eu sabia que as conversas que fossemos ter, seriam limitadas e que, eventualmente, elas terminariam. E foi o que aconteceu.
Eu sei que nós nos distanciarmos partiu de mim e de como fui eu quem deixou de te procurar, quando você veio falar comigo todas as vezes em que, de acordo com as tais "regras", você deveria. Mas você também sabia que isso aconteceria.
A verdade é que eu gostaria de te agradecer. Foi só quando você apareceu e segurou minha mão, e me abraçou e deitou no meu colo e me puxou para perto de você quando me via, que eu percebi como um cara pode ser com uma garota. Você me fez parar de aceitar qualquer cara que se interessasse, você me fez perceber que existem aqueles que ainda beijam sua testa e depois te abraçam apertado, enquanto te chamam de namorada.
Foi como se eu aprendesse a me dar um valor que eu tinha esquecido que deveria ter.
Nos momentos em que eu lembro de você, eu sinto sua falta.
Eu sinto falta dos seus abraços e tudo conectado a eles.
Eu sinto falta da forma como você me segurava e sussurrava "Eu já estou com tantas saudades...".
Eu sinto falta de puxar seu boné, enquanto você dava um beijo na minha buchecha e da forma que, quando seu pai me empurrou para sentar ao lado dele, você sorriu e segurou minha mão, mesmo estando numa posição completamente desconfortável.
Eu sinto falta de um cara como você por perto.
Obrigada por me mostrar que eu não preciso me contentar com pouco. Que exceções, afinal, existem.

p.s: Os abraços que eu lhe dei foram mais íntimos que muitos beijos que já tive.

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