quinta-feira, 2 de julho de 2009

"Some sort of window to your eyes"

Once upon a time there was this little girl..
Elas sempre começam com o tão chamada 'Era uma vez'. Você cresce ouvindo histórias de heróis e princesas, cavalos brancos e castelos mágicos desde pequena. E em algum momento ao longo do caminho torna-se parte de você. Te faz voar para um lugar longe do que vive no momento e te faz sonhar por um 'Felizes para Sempre'. Te faz acreditar em um.
Esse post não vai fazer sentido algum. Talvez para alguns, quando terminarem de ler, não diga nada, para outros digam tudo. Eu não sei. Tudo o que sei é que escrever é muito mais do que ser lógica, ter uma ideia planejada e fazer sentido 24/7. Significa sentir, e colocar em papel aquela coisa toda que parece perseguir seus pensamentos.
Originalmente eu ia escrever esse post em inglês. Por algum motivo sempre foi mais fácil para mim admitir em voz alta, ou de forma escrita, algo em inglês porque enquanto estivesse em outra lingua não se tornaria tão...real. Seria como enfrentar um problema ou dizer a verdade a si mesma mas emitindo a parte de que aquilo realmente está acontecendo. Como se fosse uma nova história, um novo 'Era uma vez'. Só que diferente dos contos-de-fada o final sempre é uma surpresa. De qualquer forma, por alguma razão, eu decidi que é hora de dizer em português o que eu só consigo admitir em inglês.
Eu odeio me machucar. E não digo isso no sentido físico, apesar de que já deve ser bem obvio esse fato. Eu odeio a sensação e odeio o momento em que acontece. Essa provavelmente seria a parte que mais detesto: O momento em que acontece. Você não teve tempo para trabalhar a ideia na sua cabeça e para se ajustar a ela. Talvez amanhã, e o depois de amanhã passe e faça tudo mais simples, facil, simplesmente porque...bom, simplesmente porque você teve tempo. Mas o agora...Deus, o agora dói. Você sente vontade de chorar e de ser pequena. De ser fraca.
Não importa se você é boa em fingir, ou se você simplesmente se força a ser forte por estar cansada de ser vulneravel. Ao receber uma notícia ou ver algo que você faria qualquer coisa para não assistir, os primeiros 10 segundos é o que você realmente está sentindo e o que você pensa é realmente o que você está pensando. Não é algo que você se força a pensar ou sentir. É espontâneo.
Eu odeio esses 10 segundos. Como você pode se sentir tão destruida em somente 10 segundos, só para se recompor nos próximos 3560? Eu odeio como não posso mandar no meu coração, e como eu não posso deixar de me sentir boba quando sinto vontade de chorar. Eu odeio enxergar a dor nos meus olhos que contam os segredos que eu não quero que os outros saibam.
E então, depois daqueles 10 segundos você se vê presa nesse ciclo todo que só corre, corre e não chega a lugar algum. Porque os 10 segundos se tornam muito maiores do que o planejado. São os 10 segundos mais sinceros e reais que você se permite viver.
Como é que 10 segundos te fazem crescer? Te fazem mais forte?
Afinal, o que te molda são os 10 segundos que você vive, ou a consequencia que estes 10 segundos te trazem?
Afinal, o que te forma é o que você se força a ser depois dos 10 segundos ou a sinceridade dos 10 segundos que você viveu?
Afinal de contas, o tempo é realmente o que faz tudo valer? É somente com o tempo que você vai aprender e é somente o tempo que vai te ensinar? É o tempo que te faz alguém? São esses 10 segundos?
Alguém, por favor?Respostas?

"Try until you lose the road."

Um comentário:

M. disse...

eu nunca gosto de admitir mas o tempo é meu maior inimigo.
Ele me maltrata de forma dura. E ele me força a esquecer esses 10 segundos, e ai eu me perco de mim.

Apesar de confuso, creio ser uma das que tirou algo do post.