terça-feira, 29 de dezembro de 2009

YTN,
Eu queria dizer adeus. Acho que nada mais do que isso, só um adeus. Para falar a verdade, eu tentei começar essa carta umas dez vezes desde o primeiro dia de dezembro, talvez menos, talvez mais, mas eu não sabia como. Então eu acho que só vou dizer o básico, e o que eu queria desde o começo, Adeus.
Eu comecei esse ano não esperando nada para falar a verdade. Talvez algumas risadas, talvez alguns momentos ouvindo música no último, mas por motivos bobos, porque eu sou adolescente, e porque os hormônios estão a flor da pele. Pelo menos, é o que dizem.
Eu gosto de pensar que vivi esse ano, o máximo que pude. Quando eu lembro desse ano, eu lembro de risadas inacabaveis, eu lembro de histórias que provavelmente vão ficar comigo para sempre, eu lembro de conversas sérias, e eu lembro de conversas inexplicavelmente inúteis que fizeram minha noite. Eu lembro de uma zoff em que eu decidi aproveitar do jeito que eu não aproveitava haviam 3 anos, e eu lembro de como eu dancei, e ri, e cantei e tive o momento da minha vida. Quando eu lembro desse ano, é como se uma música rápida tocasse enquanto todos esses flashes passassem, e entre uns e outros eu vejo as partes que não foram tão boas.
Eu me vejo no hospital, eu me vejo naquele noite de chuva, sentava no sofá encarando a TV. Eu me vejo olhando para uma janela de vidro, rindo e mandando beijos quando o que eu mais queria era um abraço. Eu me vejo respirando fundo, e com o som no último, mas não pelos motivos que eu esperava.
É gostoso e cansativo olhar para esse ano. Eu brinquei, e eu deixei para lá coisas que não deviam mais importar ha muito tempo. Eu esqueci e eu guardei certas memórias. Eu ri, eu chorei, eu pulei, eu cai e eu dancei.
Você quer a verdade? Eu percebi que você, vem sem aviso e que muitas vezes nos faz tomar decisões as quais podemos nos arrepender pelo resto da vida, ou que podemos querer reviver exatamente a mesma coisa, para ter aquela sensação e aquele sentimento correndo dentro de nós de novo. Você vem, você fica um tempo, e passa.
Deixa marcas, deixa memórias, deixa lembranças, risadas e deixa força. Para um ano novo.
Para um recomeço. Para quando chegar na contagem zero daquele dia, nós queiramos um pouco mais, sonhemos um pouco mais, olhemos para trás e entre gargalhadas e lágrimas, digamos: Eu não mudaria um só minuto.
Então, eu já digo agora, e deixo claro tempo, que eu não posso mudar nada do que aconteceu. E que se pudesse, eu ainda não mudaria.

C.

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