sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Keep giving you up.

Foi só uma respiração que havia congelado todo o seu redor. Aquele momento estava ali, sem truques, sem segundas intenções, sem um depois. Sem um passado e um futuro. E a única certeza que você tinha, era em como as mãos dele estavam macias contra as suas. Em como os olhos dele estavam com aquela cor especial e em como você daria tudo para mudar o começo, o meio e o fim.
A verdade era estar ao lado dele e saber que aquele era o único momento que existiria. Ambos, lado a lado, mas mais distantes do que jamais estiveram antes. Era saber que segundos mais tarde, quando já não estivessem mais deitados naquela cama, quando cada um levantasse e colocasse os pés no chão, o tempo descongelaria.
Você sentia falta dos abraços dele. Os abraços que realmente tinham um significado. Você sentia falta de ser só você. Falta de ser nós, de segurar as mãos dele como se fosse fazê-lo por muito tempo e de gostar do tempo correndo, apressado ou não, em sua batida própria.
E você odiava isso. Você odiava a falta de palavras e a forma em que, toda vez em que ele lhe segurava mais forte, como se com medo de soltá-la, as lágrimas ficavam presas em sua garganta. Você odiava o tempo, você odiava ela. Você odiava abraçá-lo com toda a sua força por saber que, talvez, o final seria esse.
Você odiava aquele silêncio.
Você odiava o silêncio e os sons que ele trazia. Mais do que tudo, você odiava os sons que ele trazia.

"We both lie silently still
in the dead of the night.
Although we both lie close together
We feel miles apart inside"

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